3 de outubro de 2007

Uma noite ao som de Pink Floyd

Sentado, esperando começar o show, eu olhava para os lados e me encantava com a cena que via. Pais com seus filhos, familias inteiras sentadas lado a lado, gente de cabeça branca, gente com espinha na cara, gente de todos os tipos misturados num único lugar por um único motivo: curtir uma noite embalada pelas músicas clássicas do Pink Floyd.
Não, não era o Pink Floyd que ia tocar ali, era o Australian Pink Floyd, e eu fui só para olhar de perto aqueles caras que fazem cover deles, fui para ouvir as músicas ao vivo, cantar junto e curtir.
Eu e muitos outros estávamos lá, de camiseta do Pink, ansiosos para ouvir os magníficos acordes dos grandes clássicos do rock que ali seriam apresentados. Os jovens olhavam tudo atentamente, alguns com seus pais contando histórias sobre as musicas e mitos da lendária banda de rock
Eis que ecoa o sinal do inicio do show, as luzes se apagam e as pessoas depois de alguns tempo de euforia se calam para ouvir. Tudo continua escuro, apenas a batida de um coração se espalha pelo teatro lotado fazendo tudo vibrar, até que as luzes se acendem e revelam a banda que começa a tocar.
A qualidade excepcional do sistema de som, juntamente com a acústica do lugar, o jogo de luz, as projeções no telão e os muitos efeitos visuais mostram que aqueles caras não estavam ali para brincar. É cover sim, mas é cover com personalidade! É o Pink Floyd traduzido em alma Australiana.
Cada música entoada é um arrepio que corre pela espinha, cada solo de guitarra deixa o público ainda mais extasiado.
Os caras tocaram o "Dark Side of the Moon" inteiro e em sequência, e eu não sabia o que fazer, as vezes gritava, as vezes cantava junto com entusiasmo, as vezes me encostava na cadeira e curtia e as vezes apenas ria, não acreditando em tamanha perfeição diante dos meus olhos.
Terminado o "Dark Side of the Moon", a banda faz um intervalo de 15 minutos.
Saio para pegar algo para beber e vejo todos os rostos com aquela mesma expressão de entusiasmo/encantamento/felicidade.
A segunda parte do show é uma mistura muito bem selecionada das melhores músicas de todos os outros álbuns do Pink Floyd.
A cada musica, um hino. Dava pra fechar os olhos e viajar no som, mas também não dava pra perder nenhum detalhe, então os abria rápido novamente.
Não tem como não tremer quando a guitarra explode os acordes e surge a voz perguntando:
"Hello, hello, hello Is there anybody in there? Just nod if you can hear me. Is there anyone at home? "
No final do show, o vocalista se despediu dizendo "Até o ano que vem!" e eu imediatamente pensei que certamente estaria ali novamente para ver aquele espetáculo.
O show acabou e eu demorei um tempo pra me recompor e voltar a realidade.
Saindo do teatro mais uma vez encontro pessoas com aquela mesma expressão de entusiasmo/encantamento/felicidade.
Todos de alma lavada!
Realmente, valeu cada centavo.
E hoje, feliz e contente, ando cantarolando as músicas ouvidas ontem.

Nenhum comentário: