27 de maio de 2010

Rimando Amor Com Dor

Perdido entre rimas bregas
Tentando descrever o amor
Usou a metáfora errada
Desritmada
E assim conheceu a dor

25 de maio de 2010

Perde e Ganha

Sonhava sempre com a mesma coisa
Uma cena de cinema americano
Lutava para salvar o mundo
E no fim sempre ganhava um grande amor

Acordava sempre na mesma hora
Numa cena de favela brasileira
Lutava para sair da cama
E no fim sempre perdia a hora do metrô

20 de maio de 2010

Me Espere

Me espere deitada, nua e perfumada
Que a qualquer momento estou para chegar
Me espere deitada mas não pegue no sono
Prometo que não demoro
E hoje, mais do que ontem
Preciso da tua pele para me acomodar

19 de maio de 2010

Amor De Verdade

O amor de verdade não tem idade
Não tem regra, não tem padrão
Tem riso, choro, abraço
Paixão, beijo, amasso
Tem diferença de opinião
Não é todo dia que tem tesão
Mas tem sempre de sobra
Respeito, compreensão
E muita felicidade

12 de maio de 2010

Passagem Marcante

Estava trabalhando tranquilamente quando meu celular tocou naquela tarde, há umas duas semanas. Com aquela voz que só as mulheres sabem fazer, Lua me relembrou da história de um cãozinho que uma grande amiga havia recolhido da rua, magro, sujo e debilitado e que havia sido enviado para uma clinica para recuperação. Lembrei da história, fazia mais de mês que ela tinha me contado isso , e já me preparei para o que imaginei que estaria por vir.
Ao terminar de contar sobre a reabilitação do cãozinho, perguntou o que achava de ele passar um tempo na nossa casa até achar um lar definitivo e eu fiquei sem ter como negar aquele pedido tão cheio de sentimentos, e também porque a casa não é só minha, é a nossa casa. Sempre gostei muito de cachorro, muito mesmo, mas nunca tive um dentro de casa. Os cachorros da minha infância eram todos de pátio, entravam em casa somente se alguém deixasse a porta sem querer aberta e normalmente nestes momentos eles disparavam para dentro, mas no meu apartamento pequeno isso seria impossível. Na minha cabeça só vinha o lado negativo da situação, bagunça, cheiro forte, xixi e cocô pela casa toda, mas bastou ver o Lirou, aquele magrelo vira-lata saindo da pet todo curioso em direção ao carro para que alguma coisa acontecesse em mim. Fomos para casa e conforme ele foi se soltando, foi se aproximando da gente, seguindo pela casa, brincado e correndo em todos os lugares que íamos, sala, quarto, cozinha e até quando eu ia ao banheiro, la estava ele pedindo um pouco de atenção. Quando percebi estava totalmente encantado por aquele pequeno, lendo sobre adestramento, treinando ele e ficando admirado a cada evolução. Ensinei algumas regras e limites, a sentar para pedir comida e a ficar dentro de sua casinha, para dormir e para roer seus adorados ossinhos de couro. Quando a gente sentava no sofá, ele deitava bem no meio, e ficava curtindo os carinhos que ganhava durante esse tempo. Adormeceu muitas vezes enquanto ganhava carinho e também nos acordou cedo da manhã para descer para passear. E assim passamos uma semana, uma história com muitas partes boas, todo o lado ruim que eu havia pensado nem sequer apareceu, mas a idéia sempre foi fazer apenas uma casa de passagem para que ele pudesse melhorar de vida, e a correria que nos obriga a ficar fora de casa o dia inteiro deixava o coitadinho muito tempo sozinho dentro do apartamento. Enquanto estávamos em casa era uma maravilha, mas ao sair já ficávamos com o coração apertado e muita pena daquele pequeno que se enchia de medo ao ver a gente começar a se arrumar para sair. Deixava a luz acessa, o som ligado e sempre que podia ia até em casa ver como ele estava, dar um pouco de comida, carinho e passear um pouco também. Mas a cada retorno ele demonstrava claramente que não estava sendo o suficiente. O desespero que ele ficava quando retornávamos para casa era claro. Uma mistura de alegria pelo encontro com um ar melancólico por ter ficado sozinho e "preso" em apenas uma peça da casa. Eu sentia culpa por toda aquela agonia. Ele não comia mais sossegadamente pois o prato de comida estava na peça em que ele ficava preso. Quando estávamos em casa ele corria até o prato, enchia a boca com a ração e vinha comer ao nosso lado. Medo de ser abandonado mais uma vez.
Depois de refletir que os dias da semana serão sempre assim nos próximos anos, muito tempo fora de casa e pouco tempo para retribuir todo aquele amor e carinho que aquele cãozinho nos passava, então seguimos adiante com a idéia inicial de achar um novo lar para ele. Anunciamos o Lirou nos sites de adoção de animais com algumas fotos que fiz em um dos nossos passeios e em menos de 24 horas recebemos uma ligação de uma senhora querendo adota-lo. Mas não íamos entregar ele para qualquer pessoa, teríamos que aprovar a nova casa e ter a certeza de que ele ficaria bem. A senhora que ligou, é proprietária de um sítio em São Francisco de Paula, na serra gaúcha, próximo a Gramado. Lua e eu já havíamos comentado que o melhor para ele seria morar em um sítio para ter bastante espaço para correr e a ligação desta senhora serviu como uma luva. Não pensamos duas vezes e sábado pegamos o carro e partimos em direção da serra. Devido a compromissos saímos de Porto Alegre apenas no final do dia e chegamos ao sítio as 9 horas da noite. Um casal extremamente simpático de senhores nos recebeu, arrumaram um lugarzinho para o Lirou ficar e nos convidaram para o jantar que estava apenas nos esperando para começar. Depois de muita conversa, muita troca de experiência e muita risada e um jantar muito bom na cozinha, em frente a um fogão a lenha, eles nos informaram que tinham um quarto arrumado para que passássemos a noite e na manhã seguinte conhecêssemos o lugar. Acordamos cedo, ansiosos por conhecer a nova casa do Lirou. As pessoas já haviam sido amplamente aprovadas, só faltava aprovar o lugar, pois na chegada, a noite escura e a forte cerração não deixaram a gente ver nada. Quando saímos para fora vimos que era muito melhor do que poderíamos imaginar. O sítio ficava entre imensos morros, mato para todos os lados , muito espaço, com uma pequena corredeira atravessando o lugar formando pequenas cachoeiras. O Lirou conheceu os outros cães do lugar e instantâneamente começou a brincar e correr com eles.
Se adaptou tanto ao lugar que quando fomos embora ele nem olhou para o carro, só queria saber de brincar, brincar e brincar. Estava feliz.
Quando chegamos em casa, bateu uma saudade imensa. A companhia dele era boa demais, mas hoje, durante o tempo que estamos fora de casa, eu me sinto extremamente tranquilo, com a certeza de que fizemos o melhor para aquele ser que estava jogado a própria sorte com apenas alguns meses de vida e que agora tem um lar e não fica mais trancado nem por 1 minuto, esta livre para correr, cavar, pular, brincar, latir e tudo mais que um cachorro gosta de fazer.
Fomos atrás de notícias dele e a reposta da senhora foi que ele esta muito bem e totalmente adaptado. Fiquei feliz.
A saudade vai ser grande, assim como a casa ficou sem a presença dele.
O Lirou ficou apenas alguns dias com a gente mas nem parece.
Não fosse essa vida corrida, certamente seria diferente, certamente ele jamais sairia de nossas vidas.
Abaixo, alguns registros de momentos que ficarão guardados para sempre, nas fotos e na nossa memória!
Boa sorte na tua nova vida, Lirou!

7 de maio de 2010

Conselho

As pessoas geralmente tem idéias melhores sobre como você deveria agir em determinada situação.
Sem saber ao certo se agir diferente é realmente errado, do alto de suas infinitas sabedorias despejam conselhos, cheios de palavras reaproveitadas das mais variadas fontes.
Dá-se muitos conselhos sem que seja pedido, as vezes o conselho é realmente sábio e da certo, uma outra visão ajuda bastante, mas as vezes nos sentimos os donos da verdade e regurgitamos tudo que vem na mente com a certeza de que é o melhor caminho, tem vezes em que o conselho sai como um pedido de socorro, uma forma de se sentir superior , algo do tipo "Diferente de você, eu saberia lidar com esta situação se acontecesse comigo!" e ele normalmente vem acompanhado de um ar de soberania em que o aconselhado se vê menor do que realmente é, quando na verdade, na sua frente está uma pessoa que não sabe nem como resolver o mais básico dos problemas do dia-a-dia.
Aconselhar é infinitamente mais fácil que ser aconselhado. Fala-se o que pensa e pronto, a responsabilidade está toda transferida para as mão da outra pessoa. É só virar e sair.
Ouvir conselhos é uma forma de se evitar de quebrar a cara, muitas vezes uma possibilidade de ouvir o relato de quem já fez algo e se deu mal, ou de quem fez e se deu bem, mas quem realmente aprende com o erros e acertos dos outros?
Nem tudo tem uma regra e nem toda regra tem exceção.
Então, escute aqui um conselho: As vezes o melhor a fazer é fechar os ouvidos e descobrir sozinho para onde te leva o caminho.

6 de maio de 2010

Paixão

Toda vez que te vejo
Desejo
Meu peito arde de amor
E lembro do tempo em que eras
Para mim
Apenas uma ilusão

Toda vez que noto
Anoto
Minha alma registra a sensação
E te abraço forte
Para escrever com a pele
No imenso livro de recordações que é o meu coração

4 de maio de 2010

Musicando o Dia

Pra dar uma pausa na correria e respirar um pouco de melodia, nada melhor que música boa.
Hoje baixei de grátis, gratuitamente, free e sem pagar nada, 2 excelentes álbuns na Trama Virtual e aconselho você que está lendo isso a fazer o mesmo agora!

O primeiro é o excelente álbum da banda Gaúcha Pata de Elefante chamado Na Cidade.
"Influenciados pela sonoridade dos anos 60 e 70 (Jimi Hendrix, Cream, Beatles, Bob Dylan, The Who, The Band, Eric Clapton, The Ventures) e por compositores de trilhas sonoras para filmes como Henri Mancini e Ênio Morricone, a Pata de Elefante despertou a atenção da crítica ao fazer canções instrumentais que cativam o público acostumado a ouvir música com vocal." (Pela própria Trama)

E o segundo é o já badalado álbum da Móveis Coloniais de Acaju entitulado C_mpl_te.
"Móveis Coloniais de Acaju é uma banda brasileira de rock e ska com influências musicais do leste europeu e de música brasileira. Surgida em 1998 em Brasília, a banda possui um álbum lançado: Idem (2005). Em 2009 elaboraram o álbum virtual e gratuito C mpl te.
O nome da banda é baseado em um evento histórico fictício: um suposto conflito unindo índios e portugueses contra os ingleses na Ilha do Bananal."
(Pela Wikipedia)

Para baixar estes dois excelentes discos basta ir até o site de Álbum Virtual da Trama (http://albumvirtual.trama.uol.com.br/lancamentos), fazer um rápido cadastro (se você ainda não tem, já deveria ter!) e baixar de barbada os discos em eme-pê-trez com uma qualidade excelente.
O mais legal de tudo é que tu baixa o som grátis com qualidade boa e a banda ainda ganha uns trocos pelo sistema de Download Remunerado da Trama Virtual. Genial!!!
Fica a dica! ;)