12 de dezembro de 2011

O velho casarão

O velho casarão ainda impressiona. Mesmo depois de tantos anos visitando, a sensação de pisar o gramado liso e macio do Estádio Olímpico Monumental é indescritível.
Bem sentado no centro do gramado. :)
Se com a casa vazia ele já mostra toda sua imponência, fico imaginando estar ali nos dias em que a família está toda reunida para festejar. Na arquibancada emociona, no gramado então, deve ser uma sensação espetacular.
Tricolor no coração.
Uma oportunidade única, um dia para ficar na memória, uma história para contar para os filhos. Ainda mais com a breve mudança de endereço do Tricolor.
Fazendo pose, todo faceiro. 
Este dia ficará na minha história como o dia em que pisei no carpete de minha segunda casa pela primeira vez.

Obs: Fui ao Olímpico para fotografar uma partida de futebol beneficente organizada pelos blogueiros do BloGrêmio em prol do Instituto Geração Tricolor. Parabéns aos envolvidos e obrigado pela oportunidade. Eu, o pessoal que jogou e muitas crianças ficaram felizes com este evento. Da-lhe Grêmio!

6 de dezembro de 2011

Espírito natalino

As festas de final de ano estão chegando.
O espirito natalino já tomou conta das ruas e das lojas a muito tempo. As pessoas de tão alegre e felizes que estão, resolvem comprar presentes para seus entes queridos sem que isso seja uma obrigação comercial ou social, sem que as propagandas vinculem o gasto financeiro a sentimentos como carinho, respeito, amor, saudade, etc.
Nas ruas, tudo é só sorriso e educação, ninguém fica chateado, irritado ou violento por conta do tumulto causado pela correria as prateleiras, seja no trânsito, na hora de estacionar, de entrar na fila para pagar ou simplesmente ao andar por ai. A bondade se espalha e mesmo amontoados, todos passam o dia ouvindo e cantarolando lindas canções de natal.
Todo mundo sorrindo para o natal.
Isso inclui aquela saída para comprar o presente daquele grande amigo colega de trabalho, que por vezes tu não faz ideia do que a tal pessoa possa gostar, mas isso apenas torna a tarefa ainda mais emocionante e feliz, afinal, é natal e nada abala este sentimento de união e desejos de felicidade ao próximo!
É neste clima que, caminhando pelo supermercado, passo por um casal em que o homem está escolhendo um presente para seu amigo secreto do trabalho e, enquanto o cidadão segura um daqueles "kit churrasco", com faca, garfo e outras coisas mais, a mulher pergunta se ele acha que o presente vai agradar ao colega amigo. A resposta do homem, que resume de forma grandiosa como algumas pessoas encaram o tal espírito natalino, foi mais ou menos assim:

"Como é que eu vou saber? Aquele merdinha é um bosta, todo almofadinha, vai trabalhar de terno e tem um puta nariz empinado do caralho. Baita otário. Não tem como saber se aquele trouxa vai gostar da porra do presente que eu tenho que dar!"
Espírito lucrativo natalino.




Essa declaração me fez relembrar de como é bom andar na rua nesta época de amor e união e de como é importante sentir essa energia de amizade, carinho, agradecimento e bondade, livre de qualquer obrigação que paira no ar.



Ainda bem que todo mundo sabe que um presente bom no natal não compensa um ano inteiro de falta de tempo, falta de amor, falta de carinho, falta de amizade, falta de respeito, falta de convívio, falta de ... e por ai vai.
Viva o espírito natalino!
Alguém ai afim de ir ao shopping fazer umas comprinhas junto com o Papai Noel?
Obs: Imagens totalmente aleatórias que peguei na internet. 

1 de dezembro de 2011

O Direito ao Delírio

Todos deveriam se permitir delirar.
Todos deveriam se permitir criar, brincar, sonhar, imaginar,...
O direito ao delírio é um dos mais fundamentais e um dos mais esquecido pelas pessoas.
Tudo tem que ser regrado, tudo tem que ser padronizado. Poucos questionam se as regras e padrões estão certos ou errados, e os que o fazem por vezes são considerados loucos. Será mesmo que são loucos?
Acredito ser muito difícil que uma pessoa seja feliz sem conseguir delirar e rir de si mesmo as vezes.
Ontem, ao participar de um sarau, rodeado de amigos, o vídeo abaixo, com o próprio Eduardo Galeano recitando suas impactantes palavras sobre o direito ao delírio foi apresentado.
Marcou muito pois nunca tinha visto ele falando, somente lido suas palavras. Alias, lembro detalhadamente das sensações que senti ao ler pela primeira vez, quando se aproximava a tão esperada chegada dos anos 2000, esse fabuloso texto de chamado "O direito ao delírio", extraído do seu livro "De Pernas Pro Ar: a Escola do Mundo ao Avesso", de 1998.
Foi tão impactante que guardei o texto comigo, e volta e meia vou lá no baú das recordações e o revisito.
Agora, compartilho aqui a versão em vídeo dessa obra de arte para que sirva como inspiração para mais gente. Não que muitos assistirão aqui, mas se ao menos uma pessoa assistir e sentir a força destas palavras, terei atingido meu objetivo.

Afinal, para que serve a utopia senão para caminhar e buscar um mundo um pouco menos "chambón y jodido"?
Aqui tem o link para o texto, caso alguém tenha interesse.