28 de março de 2007

Revival

Faço agora um "revival" de um texto do ano passado.
É do meu blog antigo... foi escrito em 18/10/2006 e na minha opinião é uma das melhores coisas que já saiu da minha cabeça.

Além da cela

Conversas mentais fazem parte do meu dia a dia
Conto histórias, comento, lembro de outras folias
O mundo inteiro se passa em minha cabeça
Lá fora, só o resto, longe ou perto
Não me importo com nada do que aconteça
Uma realidade alterada, moldada à minha maneira
Transponho obstáculos, derrubo qualquer barreira
A vida se arrasta, lenta, suave e mais bela
O dia pintado com todas as cores da aquarela
Pessoas, sorrisos, problemas banidos
Um transe entre amigos
Paisagens que mais lembram telas
Removem pra sempre, definitivamente
A mente de sua cela


Esse é um dos meus filhos preferidos...

9 de março de 2007

Máxima

"Controlamos nossas opções, não suas conseqüências".

7 de março de 2007

Delírio noturno

O sono vai vencendo, os olhos se fechando e o pescoço não sustenta mais tão firmemente a cabeça.
A luta é inevitável mas a derrota é iminente.
O tom de voz constante e calmo do orador vai ficando cada vez mais longe.
Quando vejo estou caminhando por um lindo campo verde em um dia ensolarado.
Adiante, à sombra de algumas árvores, vejo as pessoas que gosto reunidas festejando a vida.
Me aproximo e me junto a todos em um clima de paz e harmonia.
Ao fundo ouço uma voz insistentemente chamar pelo meu nome.
A voz vai aumentando de intensidade e num piscar de olhos estou de volta a mesma sala que estava antes, agora quase vazia e com um colega em pé ao meu lado avisando que a aula acabou.
Levanto-me calmamente e vou ao banheiro lavar o rosto, afinal ainda tem mais uma aula pela frente, estou apenas no intervalo, e desta vez vou tentar me manter acordado.
Mas se por acaso eu não conseguir, quero ir lá encontrar com o pessoal novamente.

Quem sabe não nos encontramos lá!

Embate

Tinha no rosto as duras marcas da vida
Mãos cheias de calos, pele enrugada
Com muitas histórias sofridas

Um outro lhe olhava
Com o rosto cheio de espinhas
Querendo iniciar, deixar sua marca
Buscando construir uma vida

Sentados em um banco
Bem no meio da fila

São hoje inimigos pela situação
Participantes desta louca competição
Por uma valiosa vaga
Para varrer o chão

4 de março de 2007

A Lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

Composição: Oswaldo Montenegro

2 de março de 2007

Tranquilidade

Arriscando

Pra que tanto receio em tentar, se somos formados por tudo aquilo que se faz?
E se não fazemos, como sabermos se realmente somos formados por tudo aquilo que queremos?

Se arriscarmos mais, vivemos mais?