12 de julho de 2007

Não era um assalto?

Era noite...
Eu tinha trabalhado até tarde e esperava minha irmã que estava saindo de uma reunião de trabalho para aproveitar uma carona muito bem vinda para casa.
Estava sentado no muro da entrada do estacionamento dos professores e funcionários da PUC na Ipiranga quando subitamente fui abordado por um sujeito com cara de poucos amigos:
ELE - Aê cara, me consegue um dinheiro ai?
EU - Bah cara... não tenho.
ELE - Me consegue um dinheiro ai meu! Preciso de dinheiro para me internar no hospital da PUC!
EU - Desculpa cara, mas já te disse que não tenho!
ELE - Cara, eu acabei de sair da cadeia mano, Presídio Central... Não quero te assaltar, então me consegue um dinheiro ai!
EU - Cara... EU NÃO TENHO!
ELE - To falando sério cara... não quero te assaltar!
EU - Não quer me assaltar? Como assim?
Tu chega na minha frente e diz que precisa de dinheiro pra ir pro hospital, mas tu não aparenta estar doente e isso me parece ser uma mentira! Ai, para argumentar, tu me diz que acabou de sair do presídio, querendo me forçar a te dar o dinheiro. Se isso não é assalto, então o que é?
ELE - hãmmm... (Pensando no que eu tinha acabado de dizer)
EU - Isso que tu estas fazendo é assalto, cara!
A cerca de 20 metros próximo ao local, um guarda da PUC percebe a conversa e começa a se aproximar...
Ainda pensando no que eu tinha dito, balançando a cabeça como se estivesse brabo, talvez indignado com a aproximação do guarda, talvez com a sua atitude, ele começa a se afastar lentamente, até que se vira e some na escuridão da calçada.
Algum tempo depois, minha carona chegou e fui para casa. Ileso do meu primeiro "não-assalto".

Nenhum comentário: