7 de janeiro de 2011

Cão Sem Dono

O sol forte castiga num daqueles dias em que se implora para que tudo fique cinza e com ar de melancolia. Os passos curtos e sem destino vão dando o ritmo e montando a melodia de um dramático tango castelhano que insiste em soar mentalmente, incessantemente, enquanto ao redor o mundo todo conversa irradiando a maior alegria. Perdido, com o rabo entre as pernas, só resta continuar vagando, de lixo em lixo, de poste em poste, como um cão sem dono, sem saber que pode correr livre por não ter quem conduza sua imaginária guia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei, amor da minha vida. Bjs!

Rafael Corrêa disse...

Esse cusco era muito figura. Ficou massa!