28 de janeiro de 2008

E lá vem o carnaval...

Pois é... lá vem o carnaval.
E eu que estava com um acampamento engatilhado e de repente, tudo foi por água abaixo.
Vou ir para a minha terrinha, pois minha namorada não tem folga do trabalho.
Eu já gostei muito do carnaval, muito mesmo. Festas extremamente animadas, com muitos amigos e muita bebida.
Quem já passou o carnaval em uma cidade do interior sabe do que eu estou falando.
Carnaval de clube com muita gente no salão e na frente do clube, e quando amanhecia o dia, todos desciam para a praia estender a farra. Bons tempos.
Hoje não bebo como antes, não tenho tantos amigos como antes, e os poucos que restam, estão esparramados por muitos lugares e nem sempre podem se juntar durante o carnaval.
Já fazem 10 anos que sai de Rosário e alguns anos desde o ultimo carnaval que passei lá. Muita coisa mudou, além de mim é claro.
As pessoas mudaram, não conheço quase ninguém mais... No clube não tem mais a famosa volta no salão, onde as pessoas ficavam girando, fazendo voltas no salão, dançando abraçadas, o que era uma das melhores coisas da festa.
Este ano nem em bloco de carnaval vou entrar...
O bloco era uma junção da gurizada que a gente mandava fazer camisetas, tinha um freezer dentro do clube lotado de cerveja (poucos lugares no mundo acho que é possível fazer isso, colocar um freezer dentro do clube para o seu bloco) e fazia jantas antes dos bailes, regadas a muita cerveja e comida forte para aguentar as intermináveis noites de folia, o sopão com tudo que tinha na geladeira depois do baile, para só depois ir para casa dormir tranqüilo e se preparar para a próxima noite que vinha. E assim se passavam 5 dias, de sexta até a metade da quarta-feira de cinzas, quando não saia uma janta na quarta para "tomar a ceva que sobrou".
Agora aquilo mais parece uma boate, com os grupinhos parados cada um em seu "território", sem muito interagir e apenas enchendo a cara.
Também não gosto de axé, não gosto de pagode, muito menos de funk, que é o que toca hoje por lá. Gostava mesmo era daquelas marchinhas de carnaval tradicional que as bandas tocavam antigamente lá no clube... Isso eu acho que é o pior, o mais difícil de se acostumar, e por que não, o mais difícil de aguentar...
Mas ainda tenho alguns bons amigos por lá, e minha melhor companheira também, então certamente vai ser um bom carnaval.
Se não tem mais aquela turma grande, me divirto com os que estão por perto. Se não tem mais a volta no salão, danço com minha namorada em qualquer lugar do clube, se não tem mais bloco, eu mesmo faço as jantas em casa e convido quem eu quiser, e se não bebo mais como antes, melhor, economizo dinheiro. Quanto a música, tomo umas biritas e na hora já me empolgo... depois é só fazer uma lavagem cerebral com muita música boa em casa que sara! Se não faz essa lavagem, pode atrofiar o cérebro. :P
O importante é fazer algo bom, e do lado das pessoas que se gosta (da pessoa que se ama principalmente).

2 comentários:

A Outra disse...

melhor do que passar o carnaval trabalhando. pode apostar! :(

beijos!

p.s. bela declaração!

Rafael Corrêa disse...

Belo relato sobre o carnaval 'das antigas'. Era muito massa as borracheiras e toda a função. Tem cada história que dá até roteiro de longa metragem.

Abraço e bom carnaval!