Do lado oposto da sala ela não presta muita atenção na aula
Talvez saiba que eu olho para ela... (elas sempre sabem...)
Mas finge não saber
O braço sustenta a cabeça sobre o caderno fechado
Seu rosto, através da expressão, transparece cansaço
Mas sem deixar, jamais, a beleza de lado
E continua a não me ver...
Sua pele clara como a neve combina de maneira espantosa com seus olhos
Seu cabelo dourado, que a todo momento ela deliciosamente joga para o lado
Cobre uma parte do seu rosto de menina e um de seus olhos esverdeados
Sem maquiagem pesada, lábios rosados perfeitamente desenhados
Como o mais doce anjo dos meus sonhos juvenis
Passo a aula encantado com tamanha pureza
Deslumbrado com sua incrível leveza
E nem percebo o tempo passar...
A aula acabou e ela se foi
Não sei o seu nome, muito menos sua história
Apenas seu perfume ficou na memória
Acompanhando por onde quer que eu vá
Sigo andando, pensando, lembrando...
Quem sabe um dia ela me nota
E na sala de aula, a cada vez que cruzar pela porta
Eu veja um lindo sorriso brilhar
3 comentários:
Me fez lembrar das mocinhas arcades!
Beijos =*
Elas sempre sabem, mas fingem não saber.
E não é que é assim mesmo? Fiz muito isso na minha época de salas de aula... coisa boa que era.
Beijos!
É mesmo uma imagem celestial, meu caro.
Talvez, somente comparável a uma certa Srta K bem conhecida nossa.
Beleza de harmonia de linhas!
Que alvura!
Que rubor!
Se falo de K ou de sua musa inspiradora? Bem, deixarei que se decida por si.
Ademais, vos congratulo!
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