2 de setembro de 2008

Sobre escrever...

Não são raras as vezes que me perguntam sobre as coisas que escrevo.

Já me disseram que escrevo sobre sentimentos tão intensos e profundos que pensam ser a mais pura realidade do meu dia a dia. Que as vezes sofro muito e as vezes estou apaixonado demais.

Então eu pergunto: Porque um poema deve refletir 100% da realidade?

A vida já não é séria demais ao ponto de não podermos fantasiar nem mesmo em nosso pensamento?

Gosto de escrever sobre detalhes pequenos que vejo durante o dia, coisas simples que normalmente passariam desapercebidas, como uma conversa que escuto sem querer, um olhar que percebo, um sorriso, um rosto bonito que cruza o meu caminho, uma música que toca no rádio, um texto que leio em algum lugar, um desejo reprimido ou um simples pensamento perdido que cruza minha mente... Seja qual for a fonte da inspiração, eu moldo ela conforme me da vontade.

Isso não significa que eu já não escrevi por estar triste demais, ou feliz demais...

Significa apenas que os poemas que escrevo nem sempre são reflexos do meu dia. Pode ser uma coisa que aconteceu comigo ou com qualquer pessoa, a um minuto, ou a anos atrás.

Nem sempre existe um alvo para o poema... Mas isto também não significa que as vezes eles não tenham destino.

Toda graça que eu vejo em escrever, esta na liberdade de poder brincar com a realidade, mudando tanto para mais feia, quanto para mais bela, conforme me da vontade, conforme meu humor.

Misturar a fantasia com a realidade em uma coisa que é comum a todo mundo: Os sentimentos.

Ou vai dizer que és imune a essas coisas?

Um comentário:

Eu, sem clone disse...

Boa noite!
Gostei do que li aqui!
Geralmente, eu escrevo o que vai na alma. mesmo que seja só na lembrança.
Deixo-lhe um convite para conhecer minha bruxinha.
abraço