24 de março de 2008

Ferimento letal

Tiros ao longe...
Sinto um formigamento no peito
Levo a mão vagarosamente
Percebo que ele está quente e molhado
Encharcado
Olho rapidamente para baixo
Me vejo banhado de sangue
Um nó gigante se forma na garganta
Fica cada vez mais difícil respirar...
Tudo na volta começa a lentamente se apagar
Então surge uma pessoa com uma arma na mão
E com um olhar entristecido
Diz que não teve escolha senão atirar
Diz que tentou evitar
Mas que o gatilho não conseguiu evitar de puxar
Diz mais algumas palavras
Mas já não consigo entender
O preto toma conta da visão
O silêncio toma conta do lugar
No meu peito, só sangue...
O coração já parou de pulsar

3 comentários:

A Outra disse...

o que foi isso, menino!?

que susto!

Anônimo disse...

Rica
Fazia muito tempo que eu não entrava no teu blog. Teus textos e poemas continuam maravilhosos. Fiquei com muita vontade de passar um carnaval como o que tu descreveste, lá em Rosário (vou pedir para o Rafael). Mas o melhor é o teu sentimento nos poemas e a forma brilhante como tu o expõe. Alguns chegam a doer, de tão profundos que são.
Parabéns!
Beijo

Rica Retamal disse...

Tati!
Valeu mesmo! Alguns doeram mesmo, outros são só delírios da minha mente.
Sobre o carnaval, faz isso não... aquilo é lenda! não existe mais... existia uns 10 anos atrás. agora ficou só na memória.
Carnaval em Rosul só daqui a uns 10, 20 anos, para levar meus filhos no baile infantil de tarde... :P
Bjos e volte sempre! :D