De longe já se avistava a fumaça do galpão
A trote firme e largo o pingo riscava o chão
No peito a felicidade de voltar para o rincão
Sob o poncho a maturidade adquirida na expedição
A marca bem definida do rosto denunciava
O guri que foi-se embora não era mais quem voltava
Agora, já um rapaz, guiava o seu destino
Mas seus pais ainda o viam como se fosse um menino
A mãe lhe abriu um sorriso, não conteve a emoção
O pai, mais carrancudo, um abraço e um aperto de mão
Os velhos tiveram a certeza de ter feito tudo certo
Seu filho tinha virado um jovem forte e correto
A tempos não tinha tempo de passar pra ver seus pais
Nunca era suficiente, sempre precisava mais
As horas se foram embora, mais rápido do que devia
Nos dias de churrascadas e de muitas alegrias
O vento estava virando, era hora de voltar
Muitas despedidas e a promessa de um breve retornar
Saiu a trote bem curto, sem muito virar o olhar
Escondendo que o menino também estava a chorar
2 comentários:
Muito bom, Guri Gaudério...bjs.
Celi Carolina
f-a-n-t-á-s-t-i-c-o!
muito bom, mesmo!
abraço saudoso,
Fabiana
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